Título: Roadie - A minha vida na estrada com o Coldplay
Autor: Matt McGinn
Editora: Lafonte
Número de páginas: 207
Ano: 2011
Avaliação: 4/5

SINOPSE

Roadie do Coldplay de longa data, Matt deu praticamente todos os passos ao lado da banda no decorrer de uma década de turnês internacionais e vendas de mais de 40 milhões de discos. Com prefácio da banda e fotografias exclusivas, Roadie expõe momentos definitivos, fascinantes e muitas vezes hilários da vida nos bastidores. Histórias sobre viagens em jatinhos executivos e caçadores de palhetas ganham vida quando Matt tenta explicar por quê, independentemente da montanha (e do equipamento) que precisa ser colocada em movimento, o show deve sempre, sempre continuar.

Aposto que muitos de vocês não sabem o que é um roadie, certo? Antes de começar o livro, eu também não sabia. Segundo o Wikipédia, Roadie (do inglês road, estrada, + a terminação diminutiva ie) seria o estradinha num neologismo popular e carinhoso. Seu apelido originou-se da sua função principal que era estar sempre nas estradas, durantes as grandes turnês de músicos norte-americanos, que viajam grandes distâncias em caravanas de ônibus leito. Atualmente, os roadies são indispensáveis em concertos e turnês pelo mundo inteiro e são quem executam toda parte pré-produção de um show, preparando inclusive o palco para o concerto. 

E Matt McGinn foi um deles. No livro, Matt conta como foi passar de um cara que daria tudo para tocar numa banda para um roadie do Coldplay, detalhando seus altos e baixos durante esse período, suas amizades e por que, independentemente da quantidade de equipamentos e do trabalho que é movimentar uma banda, o show deve sempre continuar.
“Qualquer pessoa que tenha deixado um sonho escorrer pelos dedos sabe exatamente do que estou falando. Não é grande coisa, certo?Ah, qual é, façam-me o favor. Dói como o fim doloroso de um relacionamento vezes dez. Você meio que não entende o que deu errado, mesmo que saiba, lá no fundo, e a ideia de aceitar isso completamente é inconcebível. Eu queria ser um astro do rock desde 1972. Então por que eu não era especial? Por que subitamente deixei de ser elegível? E quanto a todos aqueles anos?”
Apesar de autobiografias não serem muito a minha praia, me diverti muito com o livro, que além de expor o relacionamento entre os integrantes da banda, uma comparação da mudança da vida de Matt e todo o sucesso que o Coldplay foi adquirindo ao longo dos anos, também tem uma linguagem bem informal, fluída e que faz o leitor, de alguma forma, se aproximar do Coldplay. O livro faz sim frequentes menções sobre os integrantes da banda, mas acredito que ele seja mais sobre o dia a dia de quem se viu, de repente, tendo seu maior sonho tornar-se realidade. Matt até então não era habituado com glamour e aborda tudo isso com um toque de humor, impedindo com que em algum momento a leitura fique cansativa.

Eu achei o livro muito legal. Quem me conhece sabe que sou totalmente viciada em música e foi muito interessante conhecer os bastidores de uma das bandas que até então eu não conhecia muito bem, apesar de adorar algumas músicas e vez ou outra me pegar cantando algumas delas. Para-para-paradise... quem nunca? HAHAHA.

Por fim, recomendo o livro não só aos amantes de Coldplay, mas também aos não-adeptos ao rock e que gostariam de dar uma chance a esse gênero musical tão amado por Matt McGinn. Só não obteve 5 estrelas por autobiografias realmente não serem muito minha praia, mas, tirando isso, achei tudo perfeito. Porque além de possuir fotografias exclusivas dos bastidores e um glossário - que, acreditem, o autor também conseguiu deixar engraçado - sobre os equipamentos mencionados durante a leitura, Matt faz com que o leitor se comova com suas memórias sobre a família que, infelizmente, teve que deixar pra trás, as saudades que sentiu de casa e como foi ser roadie de uma das bandas mais conhecidas do mundo.


2 Comentários

  1. Meninas, o blog está ótimo e pelo que vejo cresce feito planta. Parabéns! Muito bom vir aqui. Blogueiras, aproveitem e comentem meu “THE SMITHS, O CONTO” http://jefhcardoso.blogspot.com Ficarei grato. Abraços!

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  2. Gente, jurava que era um livro de ficção! Jamais imaginei que poderia ser uma biografia, rs.
    Beijos.

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A leitura é uma porta aberta para um mundo de descobertas sem fim. - Sandro Costa

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