Olá, meus queridos!
Nem acredito que, depois de tanto tempo longe deste espaço (tudo bem, admito que fiquei morrendo de saudade de interagir com todos vocês), estou de volta com mais uma resenha sobre a leitura de um livro nacional incrível e que me instigou profundamente. Foram tantas as sensações maravilhosas que procurei descrevê-las detalhadamente, dando ênfase aos principais aspectos da estrutura da obra. Hoje, quero apresentá-los a uma ideia nova de mais uma autora nacional, que conseguiu, graças a sua capacidade de articulação das palavras, entregar um livro bem construído e cheio de significado.
Mas e então, vamos ao que realmente interessa?
Vamos começar a nossa caminhada literária através da Literatura e conhecer um pouco mais sobre o livro A PAUSA DO TEMPO (Editora Jaguatirica)
RESENHA:
Muitos
são os livros que contam histórias de vida capazes de nos grudar numa poltrona
macia e, ao entoar de olhos
arregalados, conseguem ganhar de nós a confiança que merecem. Poucos
são aqueles que conseguem exaltar em palavras a força do cotidiano e da
realidade que nos cerca. Muitos alcançam várias vitrines iluminadas e, sem
se deixar perceber, adentram lar e coração de cada leitor apaixonado por personagens e se instauram. E para sempre. Poucos são exatamente aqueles que
entendem a nossa alma, que revelam uma parte que desconhecemos de nós mesmos,
que conversam ao pé do ouvido, de mansinho e que, apesar de tão próximo e
conveniente, nos faz naturalmente desfrutar do prazer que é ter um
companheiro querido que nos acompanha na jornada de particular descoberta.
Sentimentos intensos e eternos como estes caminham
juntos e, tal qual afirmados na obra A Pausa do Tempo, da autora Valéria
Martins, não parecem ser apenas meras condições inerentes da própria existência
humana.
Pensando
bem, é muito, muito melhor e saboroso que isso. É como um despertar para a
juventude, sem se importar com a enfadonha preocupação de envelhecer, porque
cada um de nós profundamente sabe e compreende o quanto tudo isso são
filosofias vãs, que embaraçam a oportunidade de uma vida lúcida e sem desvios.
É como descobrir o amor em cada coisa que a gente toca, que sente e observa. É
como um farfalhar de uma leve folha que, simplesmente, se desprende e percorre
um caminho desconhecido. É como a suavidade da música que acolhe os ouvidos e
nos faz adormecer e esquecer que nada é tão insignificante ou necessário quanto
costumamos pensar. De leitura
obrigatória para qualquer pessoa que costumeiramente acompanha a passagem da
vida com um sorriso e uma dúvida pairando sobre a cabeça – porque tudo é
efêmero, mas cheio de surpresas, de felicidades e de encantamentos –, a Pausa
do Tempo explora diversas temática que compõem a vida das pessoas
simples e comuns, esboça recortes naturais que, na maioria das vezes, parecem
desmerecedores da nossa atenção e estabelece pequenas regras que, de tão
verdadeiras e recompensadoras, nem chegamos a notar que existem.
Valéria
Martins é hábil com as palavras e seu adequado uso no contexto de cada recorte
estabelecido combinam, simplesmente, doçura e grande desprendimento. Gostei do
tom leve, mas idealista, que prega um fascínio pelas coisas mais simples. Isso
me conquistou bastante, porque, da leitura paciente de cada crônica, percebi a
honesta relevância de um autor comprometido com a conservação de um estilo e
dedicado integralmente com sua função de não somente entreter, de ser uma mera
diversão das horas vagas, mas de dar um sentido ao que escreveu. Senti o esmero
e a sensação que este livro quis provocar e, da forma como foi concebido, o
livro surpreendeu... seja pela fabulosa narrativa que nos dá uma nítida imagem
da realidade, seja pela eloquência das ideias.
A
Pausa
do Tempo é o livro que precisa – e deve – ser compartilhado, conhecido
e lido. É um livro para integrar bons momentos, para levar a todos os lugares,
especialmente a lugares distantes, para acolher qualquer saudade. Enfim, seja como
for, Valéria Martins provocou em mim uma grata satisfação e um sentimento bom
de conforto.
SINOPSE: A Pausa do Tempo, de Valéria Martins, presenteia seus leitores com
textos de seu blog, 67 crônicas tecidas com sutileza e perspicácia,
reflexões lúcidas acerca de amor, literatura, cotidiano, viagens, música
e cinema.
Sem sair da suavidade, Valéria lança um olhar às vezes leve e divertido,
outras vezes denso e doloroso, mas sempre cheio de confiança na vida,
no ser humano e em Deus.
Querido Claudio, MUITO OBRIGADA por suas palavras, que lindo texto, você é um poeta, isso sim. Muito obrigada, vou compartilhar, guardar na fortuna crítica do livro e tudo mais que puder fazer para divulgar esse presente. Beijos,
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