Decididamente
falando, os autores nacionais do gênero fantástico têm sido vistos
como uma grande e orgulhosa surpresa, pelo menos por mim. Há um elemento em
seus livros que chamam à atenção do leitor, que conquista e que traz uma
poderosa atração por seus personagens. Os títulos nacionais estão provocando
realizações eficientes, agradando até mesmo os críticos mais exigentes e
expertos na arte de resenhar. Bom, de qualquer maneira, eles estão ganhando
espaço, colocando-se entre um pequeno grupo e uma série de autores conhecidos
do público. E não fazem feio.
Tive
a feliz oportunidade de ter em mãos o primeiro livro do escritor Rafael de
Souza – Manfelos, a distorção da realidade (da Editora Dracaena) e,
como não seria diferente, senti uma espécie de captura inicial por conta dos
ótimos comentários a respeito da qualidade da obra.
Então,
comecei a leitura minuciosa. O livro apresenta uma história bem controversa, de
início, algo que foi criando corpo através das páginas seguintes. Até que
conhecemos o Fred Gordon, um adolescente que, como todos da sua idade, está
passando por diversas transformações, e o personagem se mostra alguém
completamente diferente do que nós imaginamos. Diferente da realidade
acompanhada pelos nossos jovens, Fred se encontra exposto a um pano de fundo
fantástico que parece absorvê-lo cada vez mais para uma aguardada disputa entre
mundos completamente distintos. De um lado, acompanhado de personagens tão
criativos e cativantes personagens, encontra-se o garoto Fred, que luta para
conhecer e acompanhar parte de sua história de vida e aprender a lidar com
alguns poderes mágicos que emanam do novo reino. Do outro – para sustentar a
expectativa do leitor ávido por um antagonista poderoso –, encontra-se Esmallerz, uma entidade que é a maldade
em pessoa e que reivindica grandes poderes.
Conforme
as páginas se passam lentamente, o leitor vai mergulhando na narrativa e, em
alguns momentos, participa das conquistas, da passagem e da companhia. E aqui,
toda a qualidade do autor é demonstrada. Rafael de Souza possui um domínio das
palavras e do método descritivo, que é fantástico. Há referências de outros
títulos bem conhecidos do público, como J.
K. Rowling (Harry Potter) e Sillent
Hill (game).
A
estrutura interna, a arte da capa, o design gráfico e abordagem diferenciada
são muito bons, assim como o uso adequado – embora algumas palavras tenham
perdido sentido no meio da frase – do vocabulário. Enfim, Manfelos (volume 1) é
um desses livros em que a gente lê de olhos atentos, arregalados, respirando, entrecortando e torcendo para um desfecho inesperado e plenamente catastrófico.
E é isso o que acontece. As cenas de ação, contempladas com a batalha final são
desenvolvidas, argumentadas e visualmente lindas. Se em algum momento há uma
tensão existente, por outro lado, o Leonardo – outro personagem marcante –
quebra esse ritmo com sua personalidade engraçadíssima e promissora. Senti uma enorme
afeição por Léo, mesmo que os acontecimentos tenham tomado um rumo que me
fizeram desacreditar de alguns destinos, mas tudo bem.
Rafael
de Souza entregou um livro realmente sólido, com pouquíssimos erros, com uma
história que ainda vai render muitas revelações e que vai surpreender. Estou na
torcida para esse GRANDE escritor talentoso.
Eu desconhecia esse autor,mas pela sua resenha o livro deve ser ótimo,fiquei até com água na boca rs,espero poder ter mais tempo para ler, e principalmente ler Manfelos.
ResponderExcluirUm xêro.
Muito bacana o projeto, apesar de não ser meu estilo de leitura.
ResponderExcluirBeijos
http://literaturaeeu.blogspot.com.br/
Não leio muito do gênero fantástico, mas parece ser muito boa a história e a estética(capa) do livro.
ResponderExcluirEu adoro o gênero fantasia e tenho que admitir que os escritores brasileiros estão vindo com tudo. Gosto de histórias envolventes e que nos prendam do começo ao fim. Acabei ficando curiosa para conhecer o livro e o autor.
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